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02/12/2025
4 min de leitura

MRR (Monthly Recurring Revenue): O Pulso Financeiro de Todo SaaS

MRR
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No universo de SaaS, existem métricas que acompanhamos… e existem métricas que definem o rumo do negócio.

E se tem um número que realmente dita o ritmo da evolução, é o MRR — Monthly Recurring Revenue, ou Receita Recorrente Mensal.

Com o tempo, percebi que o MRR é muito mais do que um indicador financeiro. Ele é o pulso vital do SaaS, a métrica que revela se o negócio está crescendo de forma saudável ou acumulando problemas silenciosos.


O que é MRR — e por que ele é tão importante?

MRR é a receita mensal previsível gerada por assinaturas ativas do seu produto.

A palavra-chave aqui é previsível.

É isso que torna o modelo SaaS tão poderoso:

você não depende de vendas pontuais, promoções ou sazonalidade. Você constrói um fluxo de receita que se repete mês após mês.

MRR te ajuda a responder perguntas que nenhum fundador deveria ignorar:

  • Estamos de fato crescendo?
  • Quanto podemos esperar faturar no próximo mês?
  • Já é seguro investir mais em marketing ou produto?
  • O churn está consumindo a base mais rápido do que conseguimos crescer?

Sem MRR, tudo vira achismo.

Com MRR, tudo vira estratégia.


Como o MRR é calculado (e por que ele diz mais do que “faturamento total”)

A fórmula é simples:

MRR = soma de todas as assinaturas ativas no mês

Mas o valor por trás disso é gigantesco.

Diferente do faturamento total — que sobe e desce com vendas únicas, descontos e projetos avulsos — o MRR mostra o que realmente sustenta o negócio a longo prazo.

Ele deixa claro:

  • o tamanho real do seu SaaS,
  • a capacidade de previsibilidade financeira,
  • e a solidez do seu crescimento.

Tipos de MRR que todo especialista em SaaS domina

Para entender o negócio em profundidade, olhamos o MRR não apenas como um número isolado, mas como um conjunto de variações:

1. New MRR

Receita recorrente que veio de novos clientes no mês.

2. Expansion MRR

Receita que aumentou através de upgrades, cross-sell ou aumento de planos.

3. Contraction MRR

Diminuição de receita devido a downgrades.

4. Churned MRR

Receita perdida quando clientes cancelam a assinatura.

5. Net New MRR

É o saldo final do crescimento:

New + Expansion – Churn – Contraction

Esse número mostra de forma cristalina se o SaaS está acelerando ou derrapando.


Por que MRR muda a forma de tomar decisões

Quando você domina MRR, sua gestão deixa de ser “reativa” e se torna previsível e orientada por dados.

Com o MRR na mão, dá para:

  • prever contratação de equipe,
  • definir metas reais de crescimento,
  • entender o impacto do churn,
  • avaliar se o preço do produto está adequado,
  • medir o efeito de mudanças no produto,
  • e até atrair investidores com credibilidade.

MRR é o que separa negócios que sobrevivem dos negócios que realmente escala.


E para finalizar: Dominar MRR é dominar o seu SaaS

Se tem algo que aprendi ao construir produtos e estudar profundamente o modelo SaaS, é que o MRR não é só um número — é a bússola estratégica que guia todas as decisões importantes.

Quando você entende de onde o MRR vem, como ele cresce e o que está influenciando sua evolução, você deixa de operar no improviso e passa a atuar como um gestor maduro, orientado por dados e preparado para escalar de forma perene o seu SaaS.

E é exatamente esse tipo de domínio — técnico, estratégico e consciente — que constrói autoridade real no mercado de SaaS.

Dominar MRR é dar um passo firme rumo a esse nível de excelência.

E é isso que você aprenderá aqui: não só criar um SaaS, mas compreender a fundo os mecanismos que fazem ele crescer de forma sustentável, para que você aplique no seu próprio SaaS.

Foto de Tiago F. Santos

Sobre o autor

Tiago F. Santos

Tiago F. Santos é Desenvolvedor Full Stack e professor, com mais de 5 anos de experiência entregando soluções robustas e escaláveis em empresas de tecnologia. Especialista em React, Node.js, Next.js e ASP.NET Core, atua com foco em alta performance, segurança e experiência do usuário.

Com domínio em DevOps e arquiteturas de microsserviços, lidera projetos complexos, integrando práticas modernas de desenvolvimento contínuo (CI/CD), automação e infraestrutura como código.

Seu conhecimento técnico aliado à visão estratégica o torna uma referência na criação de aplicações completas, desde o front-end dinâmico até a lógica de negócio e deploy em ambientes de produção.

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